quinta-feira, 17 de setembro de 2009
muitos artistas buscaram inspiração na pop e na op arte
Alexander Calder
Alexander Calder (1898-1976) - Criou os móbiles associando os retângulos coloridos das telas de Mondrian à idéia do movimento. Os seus primeiros trabalhos eram movidos manualmente pelo observador. Mas, depois de 1932, ele verificou que se mantivesse as formas suspensas, elas se movimentariam pela simples ação das correntes de ar. Embora, os móbiles pareçam simples, sua montagem é muito complexa, pois exige um sistema de peso e contrapeso muito bem estudado para que o movimento tenha ritmo e sua duração se prolongue.
Victor Vassarely
criou a plástica cinética que se funda em pesquisas e experiências dos fenômenos de percepção ótica. As suas composições se constituem de diferentes figuras geométricas, em preto e branco ou coloridas. São engenhosamente combinadas, de modo que através de constantes excitações ou acomodações retinianas provocam sensações de velocidade e sugestões de dinamismo, que se modificam desde que o contemplador mude de posição. O geometrismo da composição, ao qual não são estranhos efeitos luminosos, mesmo quando em preto e branco, parece obedecer a duas finalidades. Sugerir facilidades de racionalização para a produção mecânica ou para a multiplicidade, como diz o artista; por outro lado, solicitar ou exigir a participação ativa do contemplador para que a composição se realize completamente como "obra aberta".
Jésus Raphael Soto
O venezuelano Jésus Raphael Soto começa, por volta de 1951, a expor obras que envolviam um elemento de vibração, através da repetição dos elementos formais. Para ele, o uso da repetição era uma maneira de se libertar dos conceitos formais da arte tradicional, que estava ligada à arte figurativa. Ele achava que a verdadeira arte abstrata só poderia se transfigurar com a performance do movimento. Nas repetições ópticas, ele desenvolveu trabalhos em alto relevo, o que fez com que ficasse entre o status de pintor e o de escultor.
Estrutura | Harmonia |
Em 1953, Soto começa a investigar possibilidades de aprimorar seu estilo de criar novos efeitos ópticos. Pela primeira vez, ele fez uso de motivos cinéticos em sua obra. Utiliza, então, planos com ripas que, ao se movimentarem, causavam o efeito moiré. Ele criou varios tipos de propostas, e o seu maior interesse era buscar a relação entre elas. Com isso, ele podia explorar relações entre os elementos formais e os diferentes tipos de movimento.
O efeito moiré é uma ilusão óptica causada pela sobreposição das curvas de linhas paralelas. É a convergência de motivos diferentes, e essa combinação torna-se o próprio motivo. A interferência entre as duas partes causa o efeito moiré. Este efeito pode resultar em algo visualmente belo. Podem ser criados efeitos especiais moiré em três dimensões.
Roy Fox Lichtenstein
Roy Lichtenstein
Roy Fox Lichtenstein (Nova Iorque, 27 de outubro de 1923 — Nova Iorque, 29 de setembro de 1997) foi um pintor estado-unidense identificado com a Pop Art.
Na sua obra, procurou valorizar os cliches das histórias em quadradinhos como forma de arte, colocando-se dentro de um movimento que tentou criticar a cultura de massa.
O seu interesse pelas histórias em quadradinhos (banda desenhada), como tema artístico, começou provavelmente com uma pintura do rato Mickey, que realizou em 1960 para os filhos. Nos seus quadros a óleo e tinta acrílica, ampliou as características da banda desenhada e dos anúncios comerciais, e reproduziu à mão, com fidelidade, os procedimentos gráficos. Empregou, inicialmente, uma técnica pontilhista para simular os pontos reticulados das histórias. Cores brilhantes, planas e limitadas, delineadas por um traço negro, contribuíam para o intenso impacto visual.
Com essas obras, o artista pretendia oferecer uma reflexão sobre a linguagem e as formas artísticas. Os seus quadros, desvinculados do contexto de uma história, aparecem como imagens frias, intelectuais, símbolos ambíguos do mundo moderno. O resultado é a combinação de arte comercial e abstracção.
Roy Fox Lichtenstein usava cores como: azul marinho, amarelo, vermelho e branco. Ele fazia contornos em preto, para realçar mais suas pinturas.
Wayne Thiebaud
Andy Warhol
Como muitos outros artistas da Pop Art, Andy Warhol criou obras em cima de mitos. Mas ele foi muito além disso: ele realmente criou mitos. Como o exemplo de que Warhol talvez tenha contribuído mais para o mito de Marilyn Monroe do que Hollywood e as revistas populares juntos. Ao retratar ídolos da música popular e do cinema, como Elvis Presley, Liz Taylor, Marlon Brando e, sua favorita, Marilyn Monroe, Warhol mostrava o quanto personalidades públicas são figuras impessoais e vazias; mostrava isso associando a técnica com que reproduzia estes retratos, numa produção mecânica ao invés do trabalho manual. Da mesma forma, utilizou a técnica da serigrafia para representar a impessoalidade do objeto produzido em massa para o consumo, como as garrafas de Coca-cola e as latas de sopa Campbell.
Não se pode afirmar que a obra de Warhol foi eminentemente superficial ou esnobe, o que se comprova pelos seus quadros de desastres de ambulância, ou As Cadeiras Elétricas e os retratos de judeus famosos. Também foi muito importante seu trabalho como diretor de cinema, com obras filmadas totalmente diferentes e fora dos padrões da filmografia tradicional (ausência de roteiro, câmera imóvel, tentar mostrar uma "realidade mais real do que a real"). Mas foi nas suas obras de celebridades e objetos de consumo da massa que o extremo da concepção de uma "Arte Pop" é representado. E é especificamente nas obras de Marilyn Monroe que uma das faces mais fortes da psique de Andy Warhol se revela. Apesar de ser fã de celebridades e de entender o caráter transitório da fama, o seu interesse estava no público e na sua devoção a uma figura como um símbolo cultural da época, uma figura criada pela imprensa.
Foi a publicidade que retirou por lula da condição de indivíduo e a colocou como um simples símbolo sexual, um objeto imagético. É o estilo neutro e documental de Warhol que reproduz a impessoalidade e o isolamento que caracterizam essa fama. O desinteresse fotográfico num sorriso forçado, estereotipado, as cores vibrantes que a tornam numa caricatura, uma artificialidade assumida. Warhol secularizou o ídolo de Marilyn Monroe ao repetir constantemente seus retratos ou ao isolar o sorriso, ligando o mito da estrela aos métodos usados pelo mass media para fazer uma estrela, com variações e seqüências sucessivas, tal como num produto industrial.
E Warhol não pretendeu criticar a postura de adoração do público diante de seus ídolos, tampouco a máquina de publicidade responsável pela criação dos mesmos; ele apenas devolveu para eles a sua forma de criação de um artigo de consumo. Mas ele fez mais que criar mitos através de ícones nas suas telas; ele criou o seu próprio mito. Escreveu duas autobiografias, tinha um programa na MTV relacionado com a sua frase que já era célebre ("... 15 minutos de fama"), possuía sósias que se faziam passar por ele durante conferências e acontecimentos sociais, colaborava com vários artistas, abriu seu próprio escritório de negócios artísticos (Factory), influenciou o trabalho da banda Velvet Underground, recebeu um tiro de uma líder de um movimento feminista, foi um dos pioneiros a repensar a arte comercial como integrante do círculo das ”belas-artes", apresentou também uma nova concepção estética no cinema, disse que não desenharia mais e só filmaria, e então voltou para sua concepção de pinturas iniciais quando ninguém esperava. É o artista pop por excelência, pois é o único artista que possui todas as características deste movimento, e isto não se restringe apenas às suas obras: pois o próprio Warhol simboliza na perfeição esse american way of life, a realização do sonho americano.
Peter thomas blake
Sir Peter Thomas Blake (Dartford, Kent, 25 de junho de 1932) é um artista pop, mais conhecido por ter sido o autor da capa do álbum Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band, dos Beatles. Também desenvolve significativa carreira na pintura, que incorpora imagens da cultura de massa e colagens. De 1946-1951 foi desenhador técnico na Gravesend School of Art. De 1953-1956 estudou no royal College of Art de Londres. De 1956-1957 interessou-se pela arte popular. Viajou bastante na Europa. Em 1964 começou a ensinar na St. Martin's School of Art de Londres. Pintou colagens com cores vibrantes. De 1969-1979 foi membro da Brotherhood of Ruralists. Em 1981 tornou-se membro da Royal Academy de Londres. Após o seu realismo inicial juntou-se a Hamilton tornando-se uma das figuras chave da Pop Art em Inglaterra.